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Biodiversidade

Biodiversidade

Por: Heline Laura

Quantas espécies tem aqui?

Você sabia que estamos longe de conhecer todas as espécies de seres vivos existentes no planeta?

Todo o conhecimento que temos sobre a biodiversidade são restritos a poucas localidade e tipos de habitats. A identificação de espécies é algo que fazemos desde os primórdios da sociedade, para identificar plantas úteis, espécies comestíveis, animais perigosos… Mas o trabalho de catalogar e documentar as variedades de seres vivos é algo recente em nossa história.

Caracterização de espécies

Catalogar todas as espécies é uma tarefa árdua, pois existe uma correlação de que quanto menor a espécie, mais difícil em se estabelecer quantas espécies existem, um exemplo disso são as bactérias. Com métodos recentes de identificação utilizados nos últimos 20 anos, percebeu-se que cerca de 90% das espécies de bactérias existentes na natureza ainda não são conhecidas.

A identificação de espécies tem algumas dificuldades na própria concepção. O que é uma espécie? Onde começa e onde termina uma espécie Existem espécies com capacidade de reproduzir e gerar descendentes férteis que nunca irão se cruzar, seja por limites geográficos ou por formas de cortejo. Existem espécies assexuadas.

Além das dificuldades do conceito em si, existem dificuldades relacionadas as espécies que são extintas antes de serem conhecidas. Mas esse é um caminho que, apesar de estar em velocidade exponencial, ocorre naturalmente. Assim como o aparecimento de novas espécies.

O que é interessante é pensarmos que ainda que conheçamos bastante sobre as espécies terrestres, ainda estamos na ponta do colossal iceberg de diversidade biológica. Imagine sobre as espécies aquáticas…

No Brasil é estimada a existência de aproximadamente 210 mil espécies na biota em geral. Essa estimativa é baseada na biota conhecida atualmente, quanto tempo se demorou para descrevê-las e o tempo que se espera demorar para conhecer o restante das espécies (cerca de 800 anos!!!).

Pensando novamente sobre a pressão ambiental que estamos exercendo no ambiente natural, será que a extinção de espécies que estamos realizando é realmente problemática mesmo com tantas espécies existentes?

A importância da biodiversidade não está apenas no números de espécies, mas também na diversidade genética existente naquela espécie. Essa diversidade é chamada de variabilidade genética. Para entender o que é isso basta olhar para as raças de cachorros. São incontáveis raças, mas todas são as mesmas espécies. Ou seja, cada uma tem uma característica aparente.

Funções ecológicas

Quanto mais vamos acabando com a diversidade intra específica na nossa biota, maiores as chances de extinção daquela espécie.

Cada espécie tem uma forma de se comportar no ambiente, e cada hábito tem uma função ecológica. Grande parte dos serviços ecossistêmicos mais importantes para a vida humana depende da dinâmica das multidões de espécies que mal percebemos no ambiente. Se já é difícil conhecer as espécies viventes, imagina conhecer todas as funções dessas espécies e das interações entre elas.

A gravidade na atual extinção em massa que está acontecendo está principalmente na função que cada espécie possui. Atualmente temos uma taxa de extinção equiparada as grandes extinções em massa documentadas, levando a perda irreparável de benefícios provenientes das funções ecológicas dessas espécies.

A saúde das sociedades humanas e a manutenção de recursos naturais dependem da existência e interação da biodiversidade. Isso nos mostra um pouco sobre a enorme importância em preservarmos os nossos ecossistemas e evitar a extinção das espécies.

Referência:
LEWINSOHN, T. M. Um Patrimônio Longe de Estar Avaliado. SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL,

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