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E se consumirmos todo o planeta Terra?

E se consumirmos todo o planeta Terra?

Por: Heline Laura


Sabemos há algum tempo que o planeta Terra é um local com recursos finitos, assim começamos a contabilizar, por exemplo, em quanto tempo acabaremos com as reservas de petróleo (que é um recurso não renovável) se mantivermos o ritmo atual de consumo.

Na área ambiental existem pesquisadores que estudam os limites planetários pensando em deixá-lo seguro para as próximas gerações.

Limites planetários

Anualmente os dirigentes globais se reúnem para avaliar o progresso em torno do tratamento para as mudanças climáticas. Os acordos globais mais recentes estão estruturados para manter o aquecimento global em um patamar relativamente seguro para as presentes e futuras gerações. Esse objetivo é uma tradução simples do que significa sustentabilidade: “Atender as necessidades do presente sem comprometer a qualidade de vida das futuras gerações”.

Em termos técnicos, geologistas denominam o atual período como Holoceno, em que as condições de habitabilidade do planeta são favoráveis para a espécie humana. Dessa forma decisões são tomadas para, por exemplo, reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

Os limites de emissões atmosféricas são bastante trabalhadas no contexto ambiental, existindo por exemplo metodologias de contabilização de emissões atmosféricas bastante inseridas no mercado - Inventário de Gases de Efeito Estufa - (a LITA tem profissionais especializados nesses métodos).

Mas além dos limites de emissões, já existem pesquisas que definem outros limites planetários, como é o caso do artigo da Nature de Johan Rockstrom (2009). Ele coloca como um limite seguro para a taxa extinção de espécies de 10 espécies por milhão por ano (a taxa atual está maior que 100 extinções). Outro limite estabelecido por esse estudo está relacionado ao ciclo de nitrogênio, em que é proposto um limite de 35 milhões de toneladas de N2 por ano. Esses limites numéricos nos ajudam a enxergar os melhores caminhos para nossas ações mas ainda são bastante frágeis por pretender resumir em números um ecossistema tão complexo. Por exemplo a extinção de uma só espécie ou a interferência em um ecossistema específico pode ocasionar uma pandemia (Artaxo, 2020). Outros ciclos biogeoquímicos podem sofrer interferências em função da exploração de nitrogênio. Ou seja, há muito o que se considerar ao definir limites de consumo em nosso planeta.

Apesar de ainda incipiente, a intenção de se operar em um espaço seguro para as atuais e futuras gerações é uma atitude fundamental.

Segundo Will Steffen et al (2015), as maiores dificuldades em estabelecer esses limites seguros estão na complexa interação entre os fatores ambientais, em saber o quanto as limitações de interferência locais tem efeito em escala global e quais limites planetários devem ser priorizados. Ele também atualiza os limites descritos por Johan e inclui outros como limites para a redução do ozônio estratosférico, para a acidificação dos oceanos, para os ciclos biogeoquímicos, para as mudanças no uso do solo, uso de água potável, inserção de aerossóis atmosféricos e até compostos ainda não conhecidos.

Essas reflexões nos alertam para tomar decisões na direção da preservação de recursos e para um estilo de vida que seja agradável e seguro a todos de hoje e a todos no futuro ;

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