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Fitorremediação

Fitorremediação

Por: Marcela Liberato

A fitorremediação é uma técnica que visa utilizar plantas para remover, degradar ou estabilizar contaminantes que estejam presentes no solo, água ou até no ar. Trata-se de método que possui uma série de vantagens por ser permanente, ter baixos custos de manutenção e também oferecer proteção contra a erosão, proporcionando também uma melhor estruturação dos solos.

A fitorremediação pode ser aplicada em uma ampla gama de contaminantes, incluindo metais pesados, compostos orgânicos como hidrocarbonetos e derivados do petróleo (BTEX), solventes clorados (TCE e PCE) e pesticidas, como também explosivos e alguns compostos inorgânicos. Para que sejam no processo de fitorremediação, as espécies vegetais escolhidas devem apresentar uma boa capacidade de absorção, um sistema radicular profundo, crescimento rápido, colheita fácil e resistência ao poluente.

Existem diferentes mecanismos pelos quais as plantas podem interagir com os contaminantes e promover a remediação:

  • 1- Fitoextração: Capacidade de algumas plantas de absorção de contaminantes através das raízes e acumulação desses em seus tecidos, como folhas e caules. Posteriormente, essas partes podem ser colhidas e removidas do local, eliminando os contaminantes juntamente com elas. Essa técnica pode ser aplicada para contaminantes metálicos como Cádmio e Níquel, entre outros, sendo um exemplo de vegetal que pode ser utilizado, a mostarda-castanha (Brassica Juncea)
  • 2- Rizodegradação: Algumas plantas possuem enzimas em suas raízes, rizosfera (zona de solo ao redor das raízes) ou tecidos aéreos, que podem degradar ou transformar os contaminantes em substâncias menos tóxicas ou menos móveis. Assim, por esse método, ocorre a quebra de contaminantes orgânicos pela atividade microbiana que passa a ser aumentada pela presença da zona radical, sendo aplicada para compostos orgânicos derivados do petróleo.
  • 3- Fitoestabilização: A partir dessa técnica ocorre a imobilização de um contaminante, que passa a ser acumulado nas raízes das plantas, diminuindo sua migração de maneira a estabilizar o contaminantes. Essa técnica pode ser utilizada para petais pesados em minas, fenóis e solventes clorados, sendo um exemplo de planta que pode ser empregada, o capim-annoni (Eragrostis).

Além dos mecanismos citados, existem muitos outros, como a fitoacumulação, fitodegradação, fitoestimulação, etc, de maneira que a fitorremediação se mostra muito versátil como uma solução de remediação de áreas contaminadas.

Entretanto, é importante ressaltar que a fitorremediação não é uma solução universal para todos os tipos de contaminação e cada caso deve ser avaliado individualmente. A eficiência da técnica depende de vários fatores, como a concentração e a distribuição dos contaminantes, as condições do solo, a disponibilidade de água e nutrientes, além do tempo necessário para a remediação.

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